São mais de três mil anos de história retratados em 386 objetos. Pela primeira vez no Brasil, a civilização maia tem sua riqueza cultural esmiuçada na exposição “Mayas: revelação de um tempo sem fim”.
Em cartaz na Oca, no Parque do Ibirapuera entre 10 de junho e 24 de agosto. O público pode visitar a exposição de terças a domingos, das 9h às 17h, com entrada grátis.
Para a exposição, Brasil e México uniram-se em uma parceria inédita, a fim de revelar ao povo brasileiro diversas peculiaridades dos maias, como artes, arquitetura, estudos astronômicos e sistema de escrita.
Para aproximar os visitantes dessas diversas facetas, a exposição é organizada de forma temática, apresentando o estilo de vida, a organização sociopolítica, a religiosidade e valores de vida dessa civilização, que se expressam por meio de sua criação plástica e deixam suas marcas nos mais diversos objetos e utensílios.
Resenha de Laura Ming, crítica de arte da Veja-SP
Muitas das 386 peças expostas em "Mayas: Revelação de um Tempo sem Fim" deixaram o México pela primeira vez, a mostra é um testemunho da história de uma das civilizações pré-colombianas mais desenvolvidas e impressiona pela abrangência e pelos detalhes das obras.
Nada do que está ali foi produzido pensando em valores artísticos.
Os prisioneiros esculpidos em pedra tinham o objetivo de exibir a força do governante que venceu a batalha.
Objetos de jade, belíssimos, eram postos junto aos mortos para servir como moeda de troca na próxima vida.
Para entender o significado dos desenhos, é preciso abrir mão do olhar literal e procurar pelos símbolos.
O Disco de Chichén Itzá (900-1250 d.C.), por exemplo, traz uma serpente emplumada, um animal poderoso que combina a fertilidade da terra com a capacidade de voo das aves.
A exposição também apresenta alguns textos — a escrita maia foi desvendada há apenas duas décadas — com relatos de 400 milhões de anos atrás, quando o mundo teria se formado, e outros com datas futuras, o que colaborou para a mística em torno do calendário do povo maia.
Fique Seguro: Passeie bastante, aproveite a vida ao máximo, mas faça seguro de vida.