O ônibus atingiu uma lanchonete, uma banca de jornal e a portaria de um prédio residencial, localizado na Rua Visconde de Pirajá, 463. "Como houve um estrago grande, porque há risco de cair as placas de gesso, eles pediram para interditar. Estou aguardando a equipe de engenharia chegar para tomar as providencias necessárias. Nós tínhamos acabado de reformar a fachada e a portaria", lamentou o síndico do edifício, Paulo Ferreira de Castro Monteiro.

Em nota, a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, por meio da Defesa Civil, informou que não foi constatado risco estrutural. No entanto, a área ficará isolada por medida de segurança até a conclusão das obras de reparo.

O motorista, Elmo Silva Alves, declarou que o sinal estava verde quando passou pelo cruzamento, por volta das 7h. "Eu parei no ponto, o sinal abriu e eu fui. O carro avançou o sinal. Eu não estava em alta velocidade porque tinha parado no ponto para deixar um passageiro. Tentei frear, mas não teve como. Ele avançou no meio, o sinal estava aberto para mim. Mais uma vez foi Jesus que salvou todos nós que estamos aqui. Eu bati nele, ele rodou e o carro descontrolou", declarou o motorista Elmo Silva Alves, que às 9h25 foi levado para a 14ª DP (Leblon) para prestar esclarecimentos.

Alexandre Gonçalves Nascimento, funcionário da banca de jornal há nove anos, teve ferimentos no braço esquerdo.

"Eu escutei o barulho da pancada e fui arremessado. E o Ângelo (dono da banca) passou por cima do balcão. Se o caixa fosse do outro lado, a gente tinha sido pegos de costas. A energia acabou quando o ônibus bateu na banca", descreveu Alexandre.

Testemunhas

A passageira Cláudia Ferraz contou que tinha apenas três pessoas dentro do ônibus no momento do acidente. Segundo a professora, o motorista não teve culpa.

"O motorista de ônibus não estava em alta velocidade. Foi imprudência do carro. O motorista do ônibus fez isso tudo para não matar o outro. Ele não teve culpa", afirmou Cláudia.

Raimundo Pereira, que trabalha com sistema de refrigeração, afirmou que presenciou o acidente. Ele contou que o carro de passeio ultrapassou o sinal vermelho. Segundo ele, o motorista do veículo estava com mais duas jovens dentro do carro.

"O carro passou o sinal do vermelho, o motorista do ônibus tirou o carro, perdeu o controle e bateu na banca. Para salvar a vida do motorista do carro, o motorista do ônibus quase perdeu a vida", assegurou Raimundo.

Nota do Editor: Todos esses prejuízos causados à loja e ao prédio, são indenizáveis pelo seguro empresarial da loja ou pelo seguro de condomínio do prédio desde que esteja incluída nas suas respectivas apólices a cláusula acessória de "Impacto de Veículos".