No final do ano passado, hackers invadiram o sistema da Sony Pictures Entertainment, vazando na internet cinco filmes inéditos da produtora, além de informações confidenciais, como dados de atores e colaboradores contratados pela empresa. De acordo com a imprensa internacional, o ciberataque pode ter rendido mais de 100 TB (terabytes) de dados, calculando um prejuízo de cerca de US$ 100 milhões à Sony, com manutenção dos computadores e novas medidas de segurança. A investigação do ataque corre em sigilo, envolvendo até a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o governo dos EUA. Bancos e outras empresas, como Microsoft e Apple também já sofreram ciberataques, gastando milhões com os prejuízos na segurança.
Apesar da internet já ter mais de 20 anos e a tecnologia estar cada vez mais presente no dia a dia das pessoas e das empresas, a segurança na rede ainda é preocupante. De acordo com pesquisas mundiais, ter sistemas invadidos e informações roubadas é o maior medo das empresas atualmente. Segundo relatório da McAfee, empresa de segurança eletrônica do grupo Intel, os prejuízos estimados com cibercrimes no mundo atingiram entre US$ 300 bilhões e US$ 1 trilhão, somente no ano passado.
No Brasil, a perda alcançou entre US$ 7 e US$ 8 bilhões em 2013. Outro estudo afirmou que as indústrias de pequeno e médio porte são as que mais sofrem ataques no País, com 60% dos casos, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Mas e o mercado de seguros? Está preparado para lidar com esses riscos? Atualmente no Brasil poucas seguradoras possuem o produto de riscos cibernéticos, e para especialistas, a redução na lista de exclusões e o possível aumento no valor da importância segurada é o que impede mais companhias de entrar para o segmento. De acordo com o especialista de linhas financeiras da Willis Brasil, Marco Quilici, as empresas brasileiras estão mais cautelosas, passando a considerar a contratação do produto de forma mais realista. "Toda essa movimentação tende a aumentar a procura pelo seguro e também a entrada de seguradoras no ramo, com a percepção de expansão do segmento", pontua.
O diretor de riscos corporativos da Willis, Álvaro Igrejas, ressalta que para que as companhias comecem a atuar neste ramo, é preciso, primeiramente, estudar as verdadeiras ameaças do segmento, a fim de proporcionar coberturas adequadas aos clientes. "Como está claro que a cada momento aumentam o número de ações dos hackers, acarretando quebra no sigilo de informações, falhas nas redes das empresas, riscos multimídias, riscos sociais, extorsão cyber, a tendência é de crescimento do seguro", lembra Álvaro.
A Sanção do Marco Civil da Internet, em abril de 2014, também será uma brecha para o desenvolvimento do segmento. A Lei nº 12.965 regulamenta o uso da Internet no País, concedendo princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede. "Será através desta Lei que projetos e futuras leis condizentes ao ambiente virtual serão definidos. O que antes podia ser considerado um ambiente sem qualquer lei, é agora regulamentado, com direitos e deveres melhores definidos", aponta Quilici.
O executivo ainda lembra que o corretor tem de estar atento para perceber as oportunidades dentro do ramo e trabalhar junto às seguradoras parceiras. "Devido ao grande potencial de crescimento do nicho existente no País, o foco do profissional deve ser no atendimento dos produtos já existentes no mercado, e também nas demandas que são apresentadas pelos seus clientes", finaliza.
Fique Seguro: Para cobrir os Riscos Cibernéticos, oferecemos aos nossos clientes o produto Cyber Edge da AIG, peça sua proposta através do e-mail: cas@caseguros.com.br