CONEC 2016 – Tão aguardado no mercado de seguros, pleiteado por seguradoras e almejado pelos corretores. O produto Universal Life deverá, finalmente, sair do papel ainda neste ano.
É um produto que permite flexibilidade para customização da cobertura e dos prêmios ao longo da vida, conforme as necessidades do indivíduo. Para todas as fases da vida, as reservas podem ser utilizadas para despesas com educação, aposentadoria ou saúde, por exemplo. Dentro de limites pré-estabelecidos, o usuário determina a quantia e frequência de seus prêmios.
À medida que os prêmios são pagos, os valores em dinheiro acumulam. Os juros são creditados ao fundo de acumulação da apólice. Os valores em dinheiro podem ser resgatados e usados para uma variedade de fins tais como planejamento de aposentadoria, patrimônio ou educação.
Opinião de Robert Bittar
“É um produto que vai vingar no Brasil. Como é um um produto de acumulação, é necessário que ele tenha um tratamento diferenciado em relação a tributação. Este é outro mercado por desenvolver em médio e longo prazo”, diz o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, acrescentando que, de qualquer maneira, o produto precisa existir para que a sociedade se acostume e crie a cultura de aderir a este tipo de proteção.
Leia abaixo também matéria veiculada em www.infomoney.com.br, por Rafael Monsores, em 04/03/2016
O esperado Universal Life
Comercializado em larga escala em vários países, como os EUA, onde representa mais de 30% dentre as modalidades vendidas no mercado de seguros de vida, o Universal Life após 30 anos de sua criação e de 15anos de debates, está sendo regulamentado no Brasil.
A modalidade já tinha sido prometida pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), quando o VidaGerador de Benefício Livre (VGBL) foi lançado, mas por questões tributárias, o produto não saiu. Agora, aSuperintendência tem um direcionamento para que em 2016 esteja regulamentado para a comercialização.
Atualmente os planos de seguro de vida individuais estão desassociados da acumulação de reserva. Noseguro de vida tradicional o cliente paga um valor para que se caso ocorra um dos fatos previstos nas coberturas da apólice, a indenização seja paga e esse valor pago pelo cliente não constitui uma reserva ao longo dos anos. Enquanto que no plano de previdência é gerada uma reserva durante o período de depósitos e acumulação que pode ser resgatada em forma única ou de renda após esse espaço de tempo.
Mas como funciona o Universal Life? É como se o cliente comprasse um plano de acumulação (VGBL/PGBL) em conjunto com seguro de vida. O ponto principal em relação a um seguro de vida tradicional é que o Universal Life é resgatável e pode constituir uma reserva ao longo do tempo, permitindo flexibilidade para customização da cobertura e dos prêmios durante sua vigência. São oferecidas garantias para diversas etapas da vida do segurado podendo as reservas serem utilizadas para despesas com saúde, educação ou até mesmo aposentadoria. Dentro de limites préestabelecidos, o cliente determina a quantia e frequência dos valores pagos (prêmios) e à medida que esses pagamentos são feitos, há uma acumulação e os juros são creditados ao fundo de acumulação da apólice, podendo haver resgates e utilização para uma diversidade de fins, durante o período de constituição da reserva ou no final.
É unânime o posicionamento do mercado segurador, em relação ao potencial do Universal Life que gera uma expectativa de ampliar consideravelmente a venda de seguro de vida no país e reverter sua baixa penetração.