O agente de talentos Bruno De Paula, de 36 anos, teve o celular roubado em um semáforo da Zona Norte de São Paulo em 29 de abril e viveu, a partir daí, uma história de terror que tirou o sono dele e viralizou nas redes sociais.
De volta a São Paulo após uma viagem de três semanas em Barcelona, na Espanha, ele usava o aparelho dentro de um táxi quando foi vítima do furto. Com o aparelho destravado, os criminosos fizeram uma devassa em todas as contas pessoais dele, realizando operações bancárias que totalizaram mais de R$ 143 mil de prejuízo.
O desespero maior, segundo ele, é que parte dos recursos foi movimentada quando as empresas responsáveis pelos serviços já haviam sido notificadas do roubo.
“Eu estava com um celular que meu pai havia me doado porque o meu estava ruim. Quando cheguei em casa, peguei o celular antigo e comecei a checar as contas e vi que já tinham me roubado R$ 27 mil de uma das contas. Fiquei desesperado e, junto com a minha namorada, começamos a ligar para a Claro, o Nubank e o Banco do Brasil. Depois de 11 horas de voo e jet leg, fui dormir chateado com a perda do dinheiro, mas crendo que o problema pararia por aí. Mas, no sábado de manhã, comecei a receber notificações de outras operações sendo feitas”, contou.
Uma vez que tiveram acesso ao celular, os falsários haviam mudado todas as senhas de Bruno em contas como Gmail, iCloud e aplicativos de entregas de comida. Com o número da linha em mãos, também burlaram os sistemas dos bancos, realizando operações bancárias e resgatando investimentos de curto prazo.
“Os criminosos pagaram boletos nos bancos de R$ 8 mil, R$ 9 mil, que só seriam descontados na segunda-feira. Ora, se eu já havia reportado a fraude para os bancos, porque essas operações todas não foram bloqueadas já na sexta-feira?”, questiona.
Viralização na internet
Depois de uma semana tentando reaver os valores usurpados pelos criminosos, o agente de talentos publicou o caso no Twitter na quinta, 05/05, contando o drama que viveu e o desespero de ainda não ter reavido o dinheiro retirado pelos criminosos.
A publicação viralizou e na sexta, 06/05, Bruno De Paula disse que foi contatado pelos bancos, que deram um desfecho satisfatório para o caso.
Bruno reclama, porém, que os bancos e as chamadas "fintechs", como o Nubank, precisam ter canais mais ágeis para atender esse tipo de demanda dos clientes vítimas de fraudes.
Estresse pós-traumático
Apesar de ter tido o problema resolvido, o agente de talentos diz que viveu os piores dias da vida e vai se lembrar do sufoco que enfrentou por muito tempo.
“Eu vinha de uma viagem de três semanas que tudo de bom aconteceu para mim e para minha namorada. E, de repente, a minha vida se transformou em um inferno. Hoje fui ao Banco do Brasil e peguei um Uber. Nem por um minuto consegui relaxar. Estou vivendo um estresse pós-traumático que vai me marcar para sempre”, afirmou.
“A violência que sofri faz parte da vida de quem é brasileiro. Mas as empresas em nenhum momento facilitaram para aliviar essa carga. E isso não tem acontecido só comigo, mas com centenas ou milhares de brasileiros que têm vivido o mesmo que eu. Algo precisa ser feito.”
Celular roubado, furtado ou perdido: passo a passo do que fazer
Se houve roubo ou furto
1) PRIMEIRO, LIMPE OS DADOS - envie um comando remoto para limpeza dos dados no aparelho, se está claro que você não poderá recuperar o telefone. Isso pode ser feito por algum computador ou telefone, entrando na sua conta da Apple (iCloud, para iPhones) ou do Google (para smartphones com sistema Android, o mais comum).
O comando em questão chama-se Apagar Dispositivo (iPhone) ou Limpar dispositivo (Android). A partir desse momento, todos os arquivos armazenados ficam inacessíveis no aparelho roubado/furtado.
2) SÓ DEPOIS, COMUNIQUE A OPERADORA - após proteger seus dados, entre em contato com a operadora, para que ela desative seu chip e bloqueie a linha. Assim, os ladrões não poderão usar o seu número.
3) REGISTRE O BOLETIM DE OCORRÊNCIA - procure o site da delegacia eletrônica do seu estado e faça um boletim de ocorrência.
4) BLOQUEIE O IMEI DO CELULAR - com o boletim de ocorrência, entre novamente em contato com a operadora para solicitar o bloqueio do IMEI (uma espécie de "RG" do aparelho, que também aparece na caixa — comprou celular novo? Anote o IMEI em algum lugar).
5) CUIDADO COM GOLPES - existem casos em que bandidos entram em contato com as vítimas do roubo ou familiares, para tentar conseguir acesso às contas Google ou ID Apple para desbloquear os aparelhos. Eles podem se fazer passar por funcionários de um banco, por exemplo, e pedir códigos SMS ou senhas. Nunca forneça esses dados sensíveis.
Se achar que é o caso, avise pessoas mais próximas do furto/roubo, para que saibam que, se alguém entrar em contato por meio do seu número de telefone roubado/furtado, é golpe.
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