Obviamente, os investimentos em segurança da informação são importantes, mas não resolvem todos os problemas, pois, em via de regra, as tecnologias de proteção estão dispostas em silos dispersos e descentralizados com painéis de visualizações em várias consoles, dificultando a consolidação de informações e correlação entre elas.
A maior efetividade da proteção do ambiente de TI está na centralização e na criação de processos e metodologias que garantam que as tecnologias estejam efetivamente protegendo os vários ativos (endpoints, redes, aplicações, nuvem, etc.), que as ameaças sejam monitoradas em tempo integral (24 x 7 x 365) e os incidentes tratados de forma integrada e rápida.
Um SOC (Security Operations Center) é o único local capaz de monitorar e tratar em tempo real as questões de segurança da informação, de forma centralizada, dedicada e efetiva, pois em um SOC maduro, além de utilizar as melhores práticas descritas em diversos modelos de referência (NIST, ISO 27.001 etc), é lá que o CSIRT (Computer Security Incident Response Team) atua com prontidão para evitar que os incidentes gerem impactos negativos. É também lá que estão consolidados todo o conhecimento e técnicas (AI – Artificial Intelligence, SOAR – Security Orchestration Automation and Response) para serem aplicados de forma inteligente para lidar com as ameaças.
É sempre uma escolha difícil decidir se o SOC deve ser interno ou terceirizado. Algumas empresas impõem requisitos de conformidade que impedem a sua terceirização (neste caso a escolha está feita e o prazo de adoção é mais longo), mas a terceirização reduz drasticamente o “time-to-market”, propiciando a obtenção mais rápida de alto grau de maturidade e especialização em segurança da informação, alcançando os “quick wins” já nos primeiros dias de implantação.
Concluindo, se sua empresa quer evoluir a postura de segurança de informação, ela vai ter que avaliar seriamente o investimento em um SOC, não há como fugir disto.
Eduardo Brito*, é graduado em Tecnologia pela UFRJ, pós-graduado em Administração pela PUC-SP e tem MBA em Administração pela FGV-SP. Exerceu as funções de Gerente de Suporte do Grupo Unidos (1995 a 1999), Gerente de Serviços da Computer Associates (1999 a 2006), Sócio-Proprietário e Diretor de Tecnologia e Serviços da Interadapt Solutions (2006 a 2010), COO da Econocom (2010 a 2016), desde janeiro de 2017 é Diretor Comercial da Logical IT.
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