Você sabia que a ingestão de uma simples castanha-do-brasil (ou castanha-do-pará) por dia pode ajudar na prevenção do Alzheimer? O motivo é simples: a castanha-do-brasil é rica em Selênio, um mineral ligado diretamente ao combate de doenças neurodegenerativas. Esse é o tema de pesquisa da nutricionista e doutora em Nutrição Experimental, Bárbara Cardoso, que usou a castanha-do-brasil no tratamento de idosos com Alzheimer.
Quando os nutrientes dos alimentos ingeridos são transformados em energia, há uma liberação de radicais livres, que atacam as células sadias. O nosso corpo consegue controlar essa produção de radicais livres em situações normais, mas com o avanço da idade, nosso sistema antioxidante fica menos efetivo. Chamado de estresse oxidativo, essa deficiência em combater os radicais livres compromete a neurotransmissão, as sinapses, a circulação e o metabolismo, além de prejudicar os sistemas motores e sensoriais, a memória e o aprendizado.
É ai que o Selênio se torna tão importante! Ele desempenha uma função essencial como constituinte de enzimas antioxidantes, exercendo um importante papel na manutenção das funções cerebrais.
Para realizar a pesquisa, Bárbara avaliou o estado nutricional em relação ao selênio em idosos com Alzheimer e percebeu que os níveis do mineral estavam muito baixos. “A partir disso, decidimos fazer a intervenção com a castanha-do-brasil, a fonte de selênio mais importante em pacientes que, embora não tivessem Alzheimer ou outro tipo de demência, já tinham alterações cognitivas, o que representa um risco maior de desenvolver essas doenças”, conta Bárbara.
Por seis meses, dois grupos de idosos foram monitorados, dividindo-se entre os que consumiam uma unidade de castanha-do-brasil por dia e os que não usavam nenhum suplemento. No início do experimento, e logo após seu término, os participantes realizaram uma série de testes cognitivos e de sangue, para avaliar todos os parâmetros bioquímicos. “Comprovar que o desempenho dos participantes nos testes cognitivos melhorava após a intervenção foi muito motivador. Foi uma alegria muito grande ver que a intervenção alimentar tinha efeito clínico, além de melhorar a deficiência de selênio”, afirma a pesquisadora.
Através desse trabalho, a pesquisadora e nutricionista Bárbara Rita Cardoso venceu o Prêmio Jovem Cientista, na categoria Mestre e Doutor, da edição 2015.
A tese de doutorado, com orientação da professora da FCF da USP, Silvia Maria Franciscato Cozzolino, teve como tema “Efeitos do consumo de castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa H.B.K.) sobre a cognição e o estresse oxidativo em pacientes com comprometimento cognitivo leve e a relação com variações em genes de selenoproteínas” e está disponível no Portal de Teses e Dissertações da USP.
Desde que o Prêmio Jovem Cientista foi criado, em 1981, a USP já teve 20 alunos agraciados. Na edição passada, o professor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Eugenio Foresti, venceu na categoria mérito científico.
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